sexta-feira, 24 de abril de 2009

Elfos


Como estão meus caros leitores? Aguardando a chegada da FLIP ou ainda acompanhando o pequeno escândalo sobre a política homofóbica da Amazon.com? Hoje preparei um artigo sobre um tema já conhecido até por leigos em ficção, mas que surgiu pelo meu entusiasmo na leitura do terceiro volume da trilogia O Senhor dos Anéis; livro que infelizmente só estou tendo a oportunidade de ler agora. Queria aproveitar para avisar também que em breve estarei recebendo o primeiro volume do livro A Chave da Harmonia, do escritor Marcelo Salvaggio, para analisar e escrever uma resenha, além de anunciar minha entrada no blog Ambrosia, onde escreverei sobre diversos assuntos da cultura pop ao lado de outros parceiros convidados. É interessante observar que é mais uma porta aberta para divulgação de autores iniciantes e a difusão da literatura de fantasia e ficção científica.

Os elfos são figuras carismáticas e facilmente encontradas na mitologia e folclore escandinavos, nórdicos, germânicos e ingleses. Tornaram-se muito conhecidos, devido ao sucesso da adaptação cinematográfica da trilogia O Senhor dos Anéis, e consequentemente importantes dentro do imaginário da literatura fantástica e seus derivados: jogos eletrônicos, quadrinhos, jogos de RPG, filmes, etc. Muitos acreditam que foram inventados pelo próprio escritor J. R. R. Tolkien, ignorando as fontes mitológicas que o inspiraram na sua concepção para os elfos da Terra Média, no caso a mitologia nórdica acrescida da idéia dos valores cristãos.

Assim como fadas, gnomos e trolls, os elfos são pequenas divindades que habitam a natureza. Nela permanecem desfrutando sua infindável imortalidade e cultivando seu conhecimento sobre magia. Dominam também o uso de ervas mágicas, a leitura do mapa astral, conseguem viajar através de raios solares e podem atravessar portas e paredes. Sua aparência é semelhante ao do homem, porém distinguindo-se por sua beleza exuberante e jovialidade. Na mitologia nórdica, os elfos são descritos como semideuses ligados a idéia da fertilidade, assim como são os deuses Vanir. Classificados como "elfos da luz", foram relacionados ao Vanir conhecido como Freyr, deus nórdico do Sol. Mas quem seriam os elfos negros então? Seriam os anões na concepção do historiador islandês Snorri Sturluson, descritos como habitantes do mundo sob a terra e negros como a escuridão, ao contrário dos radiantes elfos da luz (os já falados Drows). Estes ainda eram descritos como amantes de banquetes regados a músicas alegres, vestiam-se com roupas verdes, possuíam olhos claros, cabelos prateados e orelhas pontudas como as dos duendes.

O folclore escandinavo difere da mitologia nórdica por possuir apenas elfas, habitantes das colinas e dos montes de pedras. Seu folclore criou uma série de costumes e crenças populares na Suécia, assim como temos a ferradura da sorte, o figo e o trevo de quatro folhas em nossa cultura brasileira. As älvor eram criaturas belíssimas e joviais, caracterizadas por mulheres loiras, vestidas de branco e que geralmente eram vistas dançando nos prados. Eram muito perigosas e podiam provocar doenças como vingança a provocações, por isso os escandinavos adquiriram o costume de gravar a cruz élfica em construções e objetos. Infelizmente a precaução não parava por aí, pois era necessário tomar cuidado com os anéis élficos: áreas circulares que podiam ser formadas por cogumelos onde as älvor estiveram dançando.

Os elfos ainda adotam um aspecto travesso e caricaturesco no folclore inglês. São descritos como pequenos seres de tendência caótica e que adoram pregar peças nos humanos. A obra de Shakespeare Sonho de uma Noite de Verão reforça o fato de "elfo" ser também sinônimo para "fada" ou ainda "encantado" (um ser mágico que habita as águas, o céu ou lugares sagrados).

Para os que ficaram curiosos ainda na concepção do elfo da Terra Média, o apêndice do livro O Retorno do Rei traz um breve resumo sobre eles, entretanto há um artigo completíssimo nessa página da Wikipédia em inglês. Espero que tenham gostado, abraços!

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