quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A Luz Fantástica

Como explicar minha sensação após ler A Luz Fantástica? Um livro irreverente? Excêntrico? Louco? Acho que posso encaixar uma infinidade de adjetivos remetentes a ousadia de Terry Pratchett ao iniciar sua mais consagrada série: Discworld. Misturar fantasia com um bom humor inglês pode soar estranho, eu mesmo assumo que demorei para pegar nos livros de Pratchett por preconceito dessa mistura, mas o livro é narrado de forma tão criativa e possui piadas tão inteligentes, que é impossível não gostar da história. Infelizmente no local onde peguei o livro, A Cor da Magia, que é o primeiro da série, estava alugado, por isso tive de de recorrer ao segundo A Luz Fantástica. Por sorte a leitura desenrola normalmente, sendo completada por pequenas notas no rodapé da página.

Então vamos ao que interessa, começando a falar sobre o próprio mundo, diferente de tudo que já vi. O Discworld não possui esse nome a toa: ele possui o formato de um disco plano, sendo que seus horizontes simplesmente acabam em uma enorme queda, chamada de Borda. O Disco, assim carinhosamente chamado, é sustentado por quatro enormes elefantes e estes ficam localizados na gigantesca carapaça coberta de metano congelado da Grande A'Tuin, uma tartaruga estelar "grande como os mundos e velha como o tempo". A Grande A'Tuin viaja pela noite galáctica sem rumo (ou, como alguns filósofos discutem, com um rumo certo).

Neste mundo vivem Rincewind, considerado o pior mago do Discworld, tanto por não saber lidar com magia quanto por ser um covarde, e Duasflor, um turista tão ingênuo que consegue levar muitas vezes a dupla mais próxima da morte do que deveriam estar. Tudo vira de pernas para o ar quando o surgimento de uma enorme estrela vermelha prenuncia o fim do mundo. Os magos da Universidade Invisível, guiados pelo calculista Trymon, decidem utilizar o Oitavo (o maior livro de magia já escrito no Disco) para deter essa ameça, porém há um pequeno empecilho: um dos oito feitiços, muitos anos antes, ficou alojado na mente de Rincewind, que no momento se encontrava desaparecido. A confusão então começa a aumentar quando Rincewind, sem entender absolutamente nada, é perseguido por druidas, guerreiros, magos, encontra árvores falantes, pedras que voam, trolls com dentes de diamante e até a própria Morte!

Será que Rincewind salvará o mundo? Ou o mundo nem precisa ser salvo? Quanto aos deuses. Bom, devem estar brigando com os Gigantes de Gelo por causa do cortador de gramas novamente.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

cara, Terry Pratchett é excelente mesmo...

obrigado pelo comentário em meu blog, se quiser, podemos trocar links... o que acha?


falou!

http://contos-de-aneras.blogspot.com/

Anônimo disse...

Lembrava do seu blog de algum lugar dps que vi seu comentário...


Terry Pratchett é magnífico.A parceria dele com Gaiman resultou num dos livros mais engraçados que já li.

Parabéns pelo blog, já add nos meus favoritos