quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mitologia Nórdica - Parte II

A guerra do bem e do mal

E os gigantes do mar viram o deus Buri, que acabava de engendrar o seu filho e aliado Bor. Compreenderam então que era o único momento no qual seria possível tentar vencer o bem. Então os gigantes começaram a guerra. As forças estavam demasiadamente igualadas e o combate já durava eras, quando Bor desposou a Bestla, a gigante filha do gigante Bolthorn, e dessa união tiveram três filhos, três aliados imediatos para sua causa: Odin, Vili e (representando o espírito, a vontade e o sagrado, respectivamente).

Com esta formidável ajuda, o novo exército do bem fez retroceder os malvados espíritos do gelo, até matar Ymir. Da grande quantidade de seu sangue, todos os gigantes, menos dois, se afogaram. Todos de sua raça morreram, exceto Bergelmir e a sua esposa, que puderam pôr-se a salvo a tempo, fugindo numa barca para o limite do mundo.

Do corpo de Ymir, os irmãos (Odin, Vili e Vé), criaram o céu e a terra. Com seu crânio ( em outras versões da sua pele ou de seus olhos marrons) construíram a Midgard (a Terra, também chamada de O País do Meio ou Jardim Central). Seus músculos usaram para encher o Ginnungagap; seu sangue para criar os lagos e os oceanos; seus ossos inquebráveis se tornaram montanhas; do seu pêlo surgiu a vegetação; as árvores foram feitas de seu cabelo e os dentes gigantes se tornaram rochas e pedras, também os desfiladeiros, sobre as quais colocaram as sobrancelhas do gigante, para fortificar a fronteira com o mar construído com o sangue e o suor de Ymir.

Mas, muito distantes deles, Bergelmir e a sua mulher alcançaram uma inóspita terra que afetava pouco essas criaturas do frio, estabelecendo-se em um lugar ao qual chamaram Jotun (ou ainda Jotunheim, País do Leste ou País do Gelo), a casa dos gigantes, onde começaram a dar vida a outra raça de gigantes do gelo, para continuar a renovada luta das forças opostas.

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