Apenas para dar volta a sessão "bestiário", falaremos um pouco sobre os centauros, seres tão comuns ao imaginário da literatura e do cinema, mas de uma origem desconhecida pela maioria.
Na mitologia grega, os centauros eram seres fortes e brutais, metade homens e metade cavalos, filhos de Ixíon (ou Ixiom, ou ainda Ixão), rei dos lápitas, e de Néfele, a nuvem de chuva, à exceção de Folo de Quíron (ou Quirão), que tive outra origem e caráter menos selvagem, porém eram a personificação das forças naturais desenfreadas, da devassidão e embriaguez.
Monstros que representavam a identificação do ser humano aos instintos animalescos, seu mito foi, possivelmente, inspirado nas tribos semi-selvagens que viviam nas zonas mais agrestes da Grécia e sua história mitológica quase sempre associada a episódios de barbárie. Viviam nos bosques das planícies da Arcádia e dos montes da Tessália e teriam lutado contra Hércules, que os teria expulsado do cabo Mália. Durante as bodas de Pirítoo, rei dos lápitas, depois de embriagados com vinho, os centauros teriam tentado raptar sua noiva, gerando uma terrível batalha que terminou com alguns mortos pelo lápitas e outros que conseguiram fugir. Cenas da batalha entre os lápitas e os centauros foram esculpidas em baixorrelevos no friso do Partenão, que estava dedicado à sábia Atenea.
Diferentemente dos outros, Folo de Quírion foi instrutor e professor de Aquiles, Heráclito, Jasão e outros heróis. Nos tempos helênicos se relacionavam freqüentemente com Eros e Dioniso e durante o Renascimento, talvez para realçar seu caráter bestial, em suas representações só o busto era humano.
Na iconografia cristã os centauros aparecem como bestas infernais, tentadoras de donzelas. Centauros aparecem em alguns livros de fantasia como a série Harry Potter e as Crônicas de Nárnia.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário