quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Piratas

Piratas! Sim, eles sempre me fascinaram, antes mesmo de assistir Piratas do Caribe. Tudo começou com uma breve leitura d'A Ilha do Tesouro e d'As Aventuras de Tom Sawyer, dando uma volta por Peter Pan e terminando com as inúmeros estórias que ouvia sobre Barba Ruiva ou Barba Negra. Os piratas passaram a ser uma curiosidade mundial depois da vinda trilogia Piratas do Caribe, onde eles era mais que bandidos, eram heróis geniosos, destemidos e beberrões (isso sempre foi uma verdade)! Essa curiosidade só tende a aumentar pelo simples fato de que não encontramos muitos livros (acessíveis ) que contem como era o trabalho sujo desses lobos do mar; a mitologia então? Melhor não comentar! A aparição de Davy Jones e Kraken só me deixaram alucinado por querer ouvir mais daquelas lendas que podem se equiparar a qualquer outra mitologia.

Buscando pela internet, achei um artigo (e foi difícil), ainda que do Wikipédia, para dar uma introdução sobre os piratas. Vou tomar partido de procurar livros que me recomendaram e postarei aqui algumas lendas, sendo que a do Kraken foi postada nem no começo do blog. Leiam, apreciem e anseiem por mais um gole de Rum!

O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades costeiras foi Homero, na Grécia antiga, no seu livro Odisséia. Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas alheias, que pertencessem a simples mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras, capturando tudo o que tivesse valor (metais, pedras preciosas e até bens) e fazendo reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes e ricas para que, assim, o pedido de resgate pudesse ser mais elevado

Primeiramente a pirataria marítima foi praticada por gregos que roubavam mercadores fenícios e assírios desde pelo menos 735 a.C. A pirataria continuou a causar problemas, atingindo proporções alarmantes no século I d.C., quando uma frota de mil navios piratas atacou e destruiu uma frota romana e pilhou aldeias no sul da Turquia.

Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos (que atuavam principalmente nas Ilhas Britânicas, França e Império Germânico, embora chegassem mesmo ao Mediterrâneo e ao mar Morto), pelos muçulmanos (Mediterrâneo) e piratas locais. Mais tarde esta difundiu-se pelas colônias européias, nomeadamente nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa que levasse riquezas das colônias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no século XVIII.

Do fim do século XVI até o século XVIII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção destes piratas. Muito deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra com a Espanha, recebendo uma carta de marca do governo e sendo chamados de corsários, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.

As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos destes eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente muito democráticas: o capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento. Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo-a-corpo. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.

No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam. Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas. Alguns piratas ficaram com o seu nome na história, tal como Edward Teach, mais conhecido por Barba Negra. Mas, a pirataria não era só um problema europeu e americano: as embarcações de Xangai até Singapura, do Vietnã ao Japão e à China, e até as embarcações não muçulmanas da costa norte de África eram alvos de corso (sinônimo de pirataria).

Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no sudeste asiático e ainda nas Caraíbas, sendo os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa com lanchas muito rápidas.

Os únicos sites que poderei recomendar são estes:

Tudo a pirataria (história e biografia dos principais piratas)
A vida dos piratas (formato de Wikilivro)

Pra quem gosta de jogos e quer se sentir na pele de um pirata, recomendo Skies of Arcadia. Espero que tenha gostado, até a próxima!

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