Para quem conhece a fundo os livros de fantasia e ficção científica, sabe da importância da língua imaginária para a própria construção e o enriquecimento do universo criado. É claro, existe uma grande discussão em torno desde "detalhe", muitos escritores acham muito trabalhosa e desnecessária a criação de uma língua imaginária, que supostamente "pouco importará na trama", outros defendem que a língua é a mais uma forma de tornar o universo imaginário mais exótico e menos frustrante. J. R. R. Tolkien, cujo maior hobby era criar dialetos, utilizou sua maior obra, Senhor dos Anéis, apenas como pano de fundo para suas línguas. Aqui Tolkien já não pode mais servir como um bom exemplo, já que a língua imaginária é aconselhada justamente para incrementar a cultura, a religião e os costumes do universo, e não para que o mundo gire em torno dela. Tudo depende de onde a cabeça do escritor quer chegar.
Sou do tipo de pessoa que não tem muita paciência e nem prazer em criar línguas, regras gramaticais ou coisas do tipo, mas ainda acho essencial uma língua artificial. Por isso recomendo criar apenas o básico, o "esqueleto" dela, isso irá garantir que você consiga deixar válido nomes de personagens, de cidades, regiões, deuses e que consiga até fazer runas.
Para a criação é necessário saber outras línguas? De certa forma não, o importante é ter uma boa noção de língüistica, entender como as palavras são formadas e compreender as regras gramaticais. E para estas, uma criatividade aguçada ajuda muito, já que existem quase incontáveis línguas ao redor do mundo, e as chances de criar uma regra única são baixas.
Para quem se interessou pelo assunto o The Language Construction Kit (em português) possui todo um tutorial de como criar sua língua. No Orkut, a comunidade Línguas Imaginárias reuni glossopoetas e discute sobre diversas (e põe "diversas" nisso) línguas artificiais.
Um comentário:
Ahahahaha, depois verei meu nome em elfico! :d
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