quarta-feira, 30 de abril de 2008

Aquiles

Liderando seus Mirmidões, Aquiles imortalizou seu nome sobre cadáveres da épica guerra de Tróia. Aquiles tinha a força de um urso e era o mais veloz e temido guerreiro em combates, mas ao contrário de muitos heróis da mitologia grega, ele era um simples mortal: filho da ninfa Tétis e do rei Peleu; rei do pequeno reino de Ftia.

Tétis possuía enorme beleza que atraia os mais diversos pretendentes, entre eles Zeus e Posêidon, que estavam dispostos a tudo para possuí-la, quando um famoso oráculo revelou que do ventre de Tétis sairia um filho que superaria o pai. Zeus e Posêidon com medo que a profecia fosse realizada, armaram para que Tétis se casasse com um mortal, assim seu filho jamais poderia superá-los. Assim juntaram-na à Peleu, que era um dos mais respeitados guerreiros mortais. Após casar Tétis engravidou e deu luz ao menino Aquiles, durante o parto a ninfa teve a visão de que Aquiles teria uma morte precoce, com isso resolveu proteger seu filho levando-o e mergulhando-o nas águas sagradas do rio Estige. Pois até mesmo um mortal seria invulnerável se banhado naquelas águas. Então sobre as margens do Estige, Tétis segurou Aquiles pelo calcanhar e invocou para que as forças protetoras do rio protegessem seu filho. Mas o erro de Tétis foi não ter molhado o calcanhar do bebê, assim tornando-o o único lugar vulnerável de seu corpo.

Porém Peleu ao descobrir a loucura da mãe de mergulhar o filho no rio, tomou Aquiles dos cuidados de Tétis e passou a criá-lo, mas como rei, Peleu tinha muitas obrigações com seu reino e com seus Mirmidões, deixando então o filho aos cuidados do centauro Quirón, famoso por treinar heróis como Heracles e o próprio Peleu. Sobre a tutela de Quirón, Aquiles foi treinado nas mais diversas artes da guerra e do combate, tornando-se um guerreiro perfeito. Quando completou a puberdade foi procurado pela mãe que quis lhe advertir para que não lutasse na guerra que estaria para acontecer em Tróia, pois ela sabia que Tróia só cairia com ajuda da espada do filho, mas que ele jamais aproveitaria a vitória da batalha, pois assim que a cidade caísse Aquiles cairia com ela. Tétis não pôde impedir o filho, pois os oráculos previram que seu destino só a ele cabia, levar uma vida longa e feliz ou ser lembrado pela a eternidade por seu papel na maior guerra de toda a história.

Tétis, porém pediu para o filho que se escondesse, para que não fosse convocado para a temível guerra. Aquiles por devoção à mãe concordou com o pedido e se escondeu em Ciros, disfarçando-se entre as filhas e criadas do rei Licomedes. Por anos Aquiles viveu disfarçado como uma mulher e mantendo um caso com uma das filhas do rei, enquanto isso Ulisses o procurava por diversas ilhas da Grécia. Ao chegar a Ciro, Ulisses descobriu o possível paradeiro do guerreiro e com sua inteligência o desmascarou. Assim Aquiles foi levado então para a guerra!

A guerra estava prevista para dez anos de duração, porém Tróia só cairia no décimo ano, passando-se nove dos dez anos a guerra realmente começou, durante suas invasões muitas terras do reino de Tróia eram tomadas pelos gregos e suas riquezas eram dividas por iguais por todos os reinos da Grécia, inclusive as mulheres troianas, que se tornavam cativas para os mais valentes guerreiros, entre elas estava Briseida, que foi escolhida por Aquiles para ser sua companheira, assim com o tempo o guerreiro se afeiçoou pela cativa. Todavia durante a guerra o deus Apólo, que era defensor de Tróia, começou a castigar os gregos com a uma terrível peste. Amedrontado o rei Agamenon, líder dos gregos, teve que libertar sua cativa que era a filha de um dos sacerdotes de Apólo. Mas em troca exigiu que Aquiles o restituísse entregando-lhe a linda Briseida.

Aquiles, desrespeitado e ofendido por Agamenon, recusou-se a lutar até que o rei lhe pedisse desculpas. Tétis, em honra ao filho, pediu a Zeus que fizesse com que os troianos derrotassem os gregos até que Agamenon se sentisse fraco e pedisse desculpas à Aquiles. Zeus assim fez; iluminando os troianos no campo de batalha. Com isso Patroclo, fiel amigo de Aquiles, implorou ao líder dos Mirmidões que fizesse algo, pois muitos homens morriam por seus caprichos. Aquiles comovido autorizou ao amigo que pegasse suas armas e que comandasse os Mirmidões, mas apenas para afastar as tropas do temível Heitor de Tróia e somente isso. Advertindo-o que não se vangloria-se com o fervor da batalha e resolvesse desafiar Heitor, entretanto os deuses interferiram na batalha fazendo com que Patroclo contrariasse o amigo e assim sendo morto em combate por Heitor. Heitor, filho do rei Priamo de Tróia, ficou com as armas de Aquiles que estavam no cadáver de Patroclo, furioso Aquiles pediu para sua mãe que lhe providenciasse novas armas para vingar a morte do amigo e matar Heitor. Tétis pediu a Hefesto que forjasse as melhores armas que pudesse para o filho.

Com as novas armas, Aquiles desafiou Heitor e ferozmente o derrotou, com todo seu ódio e sede por vingança arrastou o corpo do inimigo para que não fosse feito o devido embalsamento. Nesta noite, porém Aquiles foi surpreendido pelo velho rei Priamo, que lhe implorou para que devolvesse o corpo do filho para que fosse devidamente encaminhado para o reino de Hades com todos os rituais religiosos. Comovido com o rei, que foi tão sincero e justo com ele, Aquiles lhe concedeu o corpo do filho e com ele os devidos dias de luto. Durante o funeral do príncipe troiano Aquiles se apaixonou pela a mais bela filha de Priamo, a princesa Polixena e secretamente resolveu cortejá-la, a princesa sem saber o que fazer consultou a mãe. A rainha envenenada por ódio quis se vingar do assassino de seu filho, então ordenou um mensageiro dizer à Aquiles que a filha aceitava honrada os cortejos do guerreiro, mas antes gostaria de conhecê-lo pessoalmente a fim de lhe dar uma resposta definitiva. Ordenou também que o valente rapaz encontrasse com a filha no tempo de Apolo; Aquiles embriagado pela paixão não percebeu que se tratava de uma emboscada.

Chegando no templo de Apolo, desarmado, ficou a espera de sua amada; ao vê-la, foi em sua direção e se debruçou sobre os joelhos para saudá-la, Paris, que o esperava a espreita escondido atrás de uma arvore, ergueu seu arco e lançou uma flecha envenenada contra Aquiles, a flecha guiada por Apolo atingiu o seu calcanhar, que era o único ponto vulnerável de seu corpo. Sentindo a angústia da dor, que era um sentimento que nunca tinha tido, Aquiles gritou aterrorizado e morreu sobre as escadarias do templo de Apolo. Seu corpo foio levado para dentro das muralhas de Tróia para ser exposto como troféu e para dar ânimo aos guerreiros troianos.

Há também uma outra versão de como ocorreu a morte de Aquiles, para mais interessados!

5 comentários:

Von DEWS! disse...

Cezar,
desculpe a demora na resposta...
mas o email para contato do Vertigem é vertigemhq@yahoo.com.br!

Abraço e obrigado pelos elogios!

Unknown disse...

Olá,
Bem legal a proposta do blog. Gostei especialmente da relação que vc's fizeram entre fantasia e mitologia. Sou escritor iniciante e estou pra lançar meu primeiro livro. Dêem uma passada no meu blog.
Abraço.

Blog: www.lordesdethargor.com

Antonio disse...

Um livro até interesante com o Aquiles é o Canção de Tróia, mas tem um tempo que não vejo um livro legal sobre Tróia. Esse é bom. Eu curti.

GarotoMitológico disse...

Gostei do texto, mas há alguns erros de conceitos. A hitória do Apolo não condiz, Apolo castigou os gregos pq o oráculo pediu a nunfa de volta a Agamenon, Agamenon negou. Agamenon em troca pediu Briseida.
Tróia não caiu no décimo ano. Homero começa narrar no décimo ano. No décimo ano, Aquiles deixa a guerra.
Entre alguns erros, mas esse texto está bom.
Vale a pena reler a Ilíada e consultar o Dicionário de Mitologia Grega.

Parabéns
Abraço

Cezar Berger Junior disse...

Rapaz, perdoe-me pelos erros, mas o texto não foi escritor por mim (como é possível logo abaixo do artigo) e sim por outro membro, que acabou saindo do blog por conta dessas gafes! Todavia obrigado pelo esclarecimento.